quinta-feira, janeiro 31, 2008

andando de volta pra casa


então chegamos no bar sentamos ao redor da mesa, como uma espécie de fogueira, acompanhando o som dos fechos, ficamos diante dos flash backs, cantamos, conversamos, observei o trânsito preguiçoso que se estendia até onde meus olhos podiam ver... melodia, melando a alma, luto silêncio e luzes iam cruzando as avenidas de mãos dadas, e nossa primeira musica?, ficou bonita estrelas do centro da terra que se estendeu durante alguns minutos, fadados ao fim interminável dos trastes e aros cromados, que esperavam aflitos o apertar dos dedos, guiaram-se atemporais aos cronômetros alucinados do Agostinho, de mãos dadas, fadas fadadas em pó, e levantamos em pequenos pedaços de nós, abrimos as portas, abraços... montamos os alados faróis, e cruzamos o vento das avenidas fedidas, extraviando o mal cheiro, fugindo da rapidez dos relógios, religiosos em cantoria, descemos, há tempo ...há tempo demais entre o primeiro e o segundo colocado, mas ninguém ganhou nada ainda, se é que coisas que vencem realmente ganham... livros de cabeceira, isqueiro, copinhos de vidro pequenos, poesias... sujeira do mundo, descemos da nave terrestre nos olhamos uma ultima vez, e caminhos em direções contrarias entre nós, e continuei caminhando de cabeça baixa fumando cigarros imaginários soprando o vento procurando entre as portas a minha cama...cansaço...insônia.

Um comentário:

Sandro Abecassis disse...

ahhhh rapaz o senhor está com a verve poética hein!!