sexta-feira, fevereiro 29, 2008

nem vou ver mais...


fiquei feliz, chorei de novo, acho que eu estava precisando chorar, engraçado eu vinha no ônibus ouvindo Los Hermanos e Vinicius de Moraes, quando o meu coração ficou pequeno, há tempos não ouvia os dois, fui invadido por um sentimento que até agora, enquanto escrevo estas linhas surdas, não sei bem definir do que se trata, mas a medida em que os meus olhos iam sofrendo a distorção causada pelas gotas de lágrimas, eu me emocionava mais, não foi nenhuma musica específica, que falava de alguém, não sei o que foi, vai ver meu coração estava transbordando de agonia por culpa destes dias malditos, bem e agora eu pergunto a mim" como vai você? vai assim calado retirando sorrisos seus e alheios, anda mais devagar, pois as suas pernas nunca foram de passos rápidos, como você forçou a ser até ontem, nestes dias que se seguiam programados?", é verdade muita gente se adequa rápido, eu não, mas não sei porquê isso acontece, você sofre com os olhos, parece que não consegue se abandonar, quando vê, está voando, a beira de um porto qualquer, chorar é bom demais, apesar de eu ter vergonha de chorar na frente dos meus queridos, Coração você sabe disso, hoje eu aprendi que o meu coração responde melhor ao que é de lágrima, eita vida feliz, é pra se atirar mesmo, eu estava me consumindo aos poucos, buscando em mim o que em mim não havia mais, pra onde será que deve ter ido? só sei que voltou, é foi incrível me reencontrar novamente, numa cadeira de ônibus, lotado, vento no rosto, a área verde daquele condomínio, e as lágrimas no rosto, a moça ao meu lado questionava a minha aflição agarrada à sua bíblia, recriando dentro dela a sua personalidade que o pastor daquéeela igreja, tomou o que havia de bom, em nome do SENHOR é claro, chorei sim, de soluçar, não por culpa de falta da maturidade, chorei de alivio, pois a pior coisa pro meu eu, seria ficar assim abandonado, ter mãos e cabeça em bom estado e alma vazia, mas eles voltaram a me povoar, desci do ônibus rindo feliz da vida, com um novo ar, com a cabeça cheia de ideias pra conquistar este mundo infinito dentro desta minha cabeça louca...cheia de desapego, meu coração está de volta, agora eu vou analisar bem o que ficou fora de lugar enquanto estive fora, eu não vejo a hora de sentar num bar, eu e meu coração desfrutando do tempo quietos, ali um sentindo o que o outro sente, novamente, despreocupados, sem dramas, sem dor, sem se esconder de nada em nada, sem se sentir vazio, só nós e nossos quais e porens, agora posso ouvir as coisas de novo, elas não precisam ficar gritando aqui dentro, agora elas cantam sem prejudicar a voz, sem rasgar a garganta, pensar... em sonhar o que é impossível de saber, não sei mais nada, sinto agora que em tudo que eu piso voa, "oh Deus do tempo dai-me Luz!!!"


terça-feira, fevereiro 26, 2008

agora que você foi embora...


por um minuto uma vez duvidei de você, eu sabia o tempo todo o quanto isso dói sabe duvidar de você, mas duvidei do meu eu mesmo, tenho cometido falhas, eu tenho lido algumas coisas no jornal, parei de ler pela metade uns livros que vinha lendo, agora cálculos e cálculos e cálculos, a me rodear, to me sentindo frio como uma placa pci queimada no fundo de um depósito a espera que alguém esquente com um ferro de solda a 889 graus celsios, estou me sentindo pobre, apático com tantos números, é como se poesia fosse embora, estou ficando cego, tenho medo que isso seja definitivo, eu vejo poesia no caminho, mas ela esta indo muito mais rápido que os meus passos, mas tudo bem, isso deve ser nuvem passageira, outros pedaços vão embora mais tarde em delírio, e eu loucão de sono, nas madrugadas não vou acordar mais com aquelas sensações estranhas como se acabassem de me tirar algo, escrever isto esta se tornando uma caça aos poemas que fogem sorrateiros, as vezes acho que preciso me jogar num infinito de dor pra voltar a escrever, mas não quero trocar a minha tranquilidade por tormentos avulsos, já não basta o tempo, incompreensível, impactante, que me faz correr como um louco, que me leva os minutos nos quais eu tento por em sincronia os meus pensamentos com a velocidade das minhas mãos, que em desespero ponho de lado de forma cruel as melodias que gritam dentro da minha cabeça, cabeça dispersa, tropeçando no ar, e agora cadê você, porque você não me manda uma mensagem ao celular, por que não leva o celular consigo, porque você me abandona aqui com o tempo e os cálculos, são quase quase horas de tocarem aqueles sonetos, o epitáfio da minha inspiração já foi encomendado será? tenho pena de mim, sem as minhas palavras, tenho ânsia de mim, quando voltar a dedilhar as coisas, por agora eu relembro momentos, eu não tenho mais noites no Castelinho, e agora? o que eu tenho, gosto da "urbanidade" daquelas cenas, o que eu tenho agora? estou ficando cego, fraco, e pacientemente estou acostumando a minha alma com uma perda fatal de inspiração...preciso me mudar de mim...

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

até breve


por favor... não me interrompa hoje eu vou levar a minha alma pra ouvir musica, vou voar com ela para um lugar secreto onde só quando eu fecho os olhos, eu consigo enxergar, eu vou vou sair na chuva, caindo pelas poças de lama, vou me distanciar de mim, mas estarei sempre por perto, quero escancarar a minha carcaça nos muros podres das velhas ruinas, sim eu quero ver meu sangue escorrer, quero me ver morrer, quero me despeçar em bolas de sangue, em poças de dor, quero ver meus dentes espalhados pelo meio do caminho, se Fidel é a farsa estadista, Amazonino é o quê? por isso eu levo hoje minha alma pra escutar musica, não posso deixa-la ouvir estas coisas, apesar do exagero comunista socialista, exageros estão sempre ae, a humanidade está até a tampa de exageros piores, e ninguém nunca toma atitudes a não ser sentir pena, agora a esta altura do campeonato, você me fala de liberdade, que liberdade é essa, onde o seu celular regra a sua vida, onde relógio marca a cada passo frio que você dá na rua? estamos vivendo um verão chuvoso mesmo, mas não de chuva boa, estamos vivendo verão de chuva cega, por isso deixo meu corpo alguns dias, perdendo dentes, sofrendo cortes, perdendo braços, olhos e vou levar a minha alma pra dar um volta, vou deixar ela debaixo do chuveiro por um tempo, é muito fácil observar a queda dos outros, porque todo mundo quer ver sangue, mas ninguém é louco de cortar a própria pele, por isso eu deixo o meu corpo lá se debatendo nas pedras um pouco, se todo mundo pode ver eu também quero vê-lo eu e minha alma compramos ingressos vip, só pra isso, pra vê-lo se debandar em poesia satânica, pra ver suas entranhas voarem, por agora saímos para manuntenção eu e minha alma.... por favor entenda.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

saudades...


"eu estou muito cansado do peso da minha cabeça, destes dez anos.. passados... vivi entre o sonho e som", assim disse Belchior ontem quando eu acabara de escrever o tópico passado, eu fui ontem pra casa com uma sensação amarga, estranho quando jogam você no fogo pelo simples fato de ver você queimar, aí você chega ao consenso da hora certa de saber parar, a hora certa quando todo mundo resolve fazer uma coisa e você sabe deus porquê razão, faz outras, faz do seu jeito, do seu certo, pois viver é um grande perigo barato ao mesmo tempo que pode ser o mais espetacular dos furacões, o meu lugar é onde eu quero estar, tenho pressa de viver, apesar de aparentar cansaço, tenho muita pressa de viver, mas quero viver a vida lentamente, como goles de um veneno profano, como doses anestésicas sutis, agora é hora de falar pra vida pisar devagar, guardar uma frase pra mim dentro daquela canção, um golinho destes dias que você vida, me toma, sim é hora de parar, foi o tempo em que os meus ossos agüentavam o impacto das correntezas, que eu vivia intenso, que eu estava bem demais acompanhado do meu falso eu, mas deixe tranqüilo não levemos nós flores para as covas inimigas, porque o dinheiro é cruel e as coisas fúteis são fortes como os abismos, mas destes abismos já estou me afastando, lentamente como vegetação que cresce na várzea, esperando o rio na próxima cheia, com os pés cansados e feridos de sentir o frio do asfalto, com a garganta seca de gritar em meio a distorções da guitarra, agora só violões por favor..agora só a cabeça permanece elétrica, o coração acústico, uma coisa de cada vez...porquê o inimigo , este eu já conheço,sei seu nome, sei seu rosto,residência, endereço e um dia você vai saber também se já não sabe... porque mais uma vez Belchior me disse “ a minha história é talvez igual a tua, a noite fria me ensinou, da certeza de que tenho coisas novas pra dizer”

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

as dores no peito já diminuem

Há tempos atrás eu não sabia o que fazer... não sabia como lidar com as perguntas que me rodeavam, não sabia como eu poderia resolver aqueles problemas daquelas épocas, hoje a dor do peito já é bem menor, naquela época eu escutava tudo o que todo mundo dizia que era legal, e o pior eu achava legal também, aí como um turbilhão de coisas em paranóia, aqueles problemas mudaram, o desabamento da família, as tendências maliciosas que nos acompanham, mais uma série de pequenas complicações que eram somadas pouco a pouco, foram se tornando o grande Godzilla da minha vida, sem levar em conta aqueles olhares de desprezo dos familiares, poxa.. aquilo era pior que sentir dor de dente de madrugada, aí sem querer sem você saber como aquelas coisas foram mudando, você mudou e nem viu ao certo como isso aconteceu, sem perder a sua essência, sem mudar o seu coração, agora Augusto, parece que chegamos às ultimas carteiras de cigarro, as ultimas doses de irresponsabilidade, engarrafadas naquelas embalagens vagabundas, hoje você construiu o castelo que o seu Coração queria, você parece mais vivo, ainda é de recordar aqueles dias escuros que a gente se reunia sem causa, sem propósito nenhum, no meio de tudo, em meio à tudo, passamos imunes, sem perder a cabeça continuamos malucos, estamos num topo de improváveis, a verdade é que me sinto velho... mas não cansado, perdi alguns amigos durante esta caminhada nebulosa, muitos ficaram perdidos nas escolhas das esquinas, mas alguns que não estavam com você, como você souberam dobrar na rua certa, parar na hora certa, se abrigaram na sacada perfeita, quando a chuva engrossou, chuva à noite no centro de Manaus é perigoso, ouço o Sandro falando dos festivais do Olímpico, coisas que só quem andou pela época, quem sentiu sabe o que foi, que quem era roqueiro era doidão, chapadão, drogadão, mal elemento, sabe, vejo que hoje em dia ser roqueiro como a gente foi é muito mais fácil, o que ficou mais difícil, agora, é segurar a onda como nós seguramos Augusto, Sandro, Paulinho (Amigos), naquela época a gente realmente se emocionava com o que ouvia, com o que sentia naquelas reuniões na velha praça do congresso, agora tudo é moda, mas ainda assim agradeço aos malucos da periferia, que vem de longe só pra sentir o que naquela época agente sentia também, mas quanto ao resto, é só pra aparecer, não vai durar muito, ou a intensidade é demais ou fica fraca que não vai se agüentar na cama, quando a dor desta ressaca chegar, e aí doidão? quem vai pagar com isso? é bom pensar nisso, eu já passei por isso, e descobri que estas pessoas que eu citei que somos enormes, como um caminho tranqüilo agora, foram dez anos inesquecíveis....

domingo, fevereiro 10, 2008

Um dia destes peguei no sono



um dia deste quando o meu corpo já não suportava mais o peso do cansaço, cheguei deliberadamente a exaustão da culpa que caía sobre mim, houve momentos que tive uma estranha sensação de que algo desabava dentro do meu eu, tive a sensação de inutilidade de que hajo em mil pedaços de mim por nada, pra pagar pelo resto do todo, injusto isso muito injusto, passei dias ruins, desabafei com o Augusto, um desabafo simples que dizia assim: "Augusto estou muito chateado", breve, mas carregado, carregado de uma frustração de algo que era bobo e ao mesmo tempo cruel, e ele me respondeu "porquê mano?", e eu talvez por incompetência minha não soube explicar direito, eu sou um incompetente? será? eu me pego abraçando tantas coisas e agora eu tenho fracas respostas de que grande parte destes abraços não me rendem retorno, eis que no domingo eu recebo o telefonema do "Big Boss" elogiando por alguns "acertos" que eu fiz, e que só naquele dia talvez ele tenha percebido, mas aí já era tarde, aí eu já virara frustração total, os rumos dos cursos das águas eram outros, já pensava em outras possibilidades a minha cabeça é muito doidona eu invento planos muito rápido, ta certo que eu não consigo por em prática tudo o que eu planejo, mas fico feliz em saber que tenho muitas idéias e que ao meu lado tenho a pessoa certa que poderá me ajudar quando eu não conseguir cumprir todo o planejado, agora penso em carro, casa e família, só nisso aquela estabilidade há de fluir com a capacidade que estão querendo me tomar, eles que me jogam na fogueira hão de ser queimados, mas eu não consigo ser muito duro, ser cruel demais, mesmo com todos os punhais que voam flamejantes, alguém me disse uma vez que não prestava a gente se tornar ruim porque o mundo é ruim com a gente, deve se retribuir a perversidade do mundo com sorrisos, e aí calhou do sêo Afonso de vir me dizer que eu tinha uma aura boa e aquilo tudo foi se aliviando, porque eu não conheço bem o sêo Afonso, mas ele percebe parte das coisas que eu abraço, "conversas de mesas de bar me interessam", mas passado isso, coisas boas virão, pus a cabeça debaixo d água, respirei fundo, e deixei a água que ia caindo do chuveiro levar embora a magoa que restava, lembrou daquelas tristezas de alguns anos atrás, fiquei sentado, estarrecido pelos olhos do Augusto quando lembrei do conselho que me dei naqueles anos passados: "deixa seu peito livre desse ar. volta pra você, volta pros seus braços, acenda o fogo Ignácio da ignorância santa, deixa queimar o que te consome,” agora está tudo bem...

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

TADIZENUS TRADAMUS


Poderoso Mago das Estirpes Longinquas onde o sol jamais bate, onde os ultimos dinossauros ainda respiram em suspiro flamejantes, praticante de artes do odor vencido, das axilas gritantes do lodo, guardião das antas peidantes do fiofó cumprido, herdeiro das ultimas linhagens dos anões do papo amarelo, descendente direto dos jacarés tingas de óbidos eu os apresento Tadizendo Tradamus, este antigo e sábio mago dos dedos fogosos, amaldiçoador de Melquíades Mel Mel, delator de Galileu Galilei, seguidor fiel de Merlin e Gandaf, ficou 1.987 anos em prisão do poderoso Janiat, o dragão guardião das cifras esquecidas, porém o nosso mago se comunicava por pensamento com Chico Xavier que fazia por pscografia o encanto que lhe tirou da prisão guardada pelos homens dos terçados grandes, contou no ouvidinho cheiiinho de ceira do mestre Tadizenus Tradamus, ouvidinho este que o mestre cultivava plantações de cebolinhas de 12.000 hectares, mais 7.000 hectares de pasto para os gordos mamutes que por lá disputavam à chifradas seus territórios, já livre, Tadizenus Tradamus vem confabulando com as forças ocultas muito poderosas, a expectativa de tomar o lugar o de um magnifico mestres das Pajelâncoas nos Sistemas de Informação, o Pajé Eloi Sarapó, mestre da dinastia dos feiticeiros de Faro, a ultima vez que perguntei: "Tadizenus meu mestre querido terás o senhor a capacidade de vencer o poderoso macumbeiro Sarapó" ele enigmadoramente me respondeu "Táááá Dizeeeno"!!!!