sexta-feira, fevereiro 29, 2008
nem vou ver mais...
terça-feira, fevereiro 26, 2008
agora que você foi embora...
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
até breve
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
saudades...
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
as dores no peito já diminuem
Há tempos atrás eu não sabia o que fazer... não sabia como lidar com as perguntas que me rodeavam, não sabia como eu poderia resolver aqueles problemas daquelas épocas, hoje a dor do peito já é bem menor, naquela época eu escutava tudo o que todo mundo dizia que era legal, e o pior eu achava legal também, aí como um turbilhão de coisas em paranóia, aqueles problemas mudaram, o desabamento da família, as tendências maliciosas que nos acompanham, mais uma série de pequenas complicações que eram somadas pouco a pouco, foram se tornando o grande Godzilla da minha vida, sem levar em conta aqueles olhares de desprezo dos familiares, poxa.. aquilo era pior que sentir dor de dente de madrugada, aí sem querer sem você saber como aquelas coisas foram mudando, você mudou e nem viu ao certo como isso aconteceu, sem perder a sua essência, sem mudar o seu coração, agora Augusto, parece que chegamos às ultimas carteiras de cigarro, as ultimas doses de irresponsabilidade, engarrafadas naquelas embalagens vagabundas, hoje você construiu o castelo que o seu Coração queria, você parece mais vivo, ainda é de recordar aqueles dias escuros que a gente se reunia sem causa, sem propósito nenhum, no meio de tudo, em meio à tudo, passamos imunes, sem perder a cabeça continuamos malucos, estamos num topo de improváveis, a verdade é que me sinto velho... mas não cansado, perdi alguns amigos durante esta caminhada nebulosa, muitos ficaram perdidos nas escolhas das esquinas, mas alguns que não estavam com você, como você souberam dobrar na rua certa, parar na hora certa, se abrigaram na sacada perfeita, quando a chuva engrossou, chuva à noite no centro de Manaus é perigoso, ouço o Sandro falando dos festivais do Olímpico, coisas que só quem andou pela época, quem sentiu sabe o que foi, que quem era roqueiro era doidão, chapadão, drogadão, mal elemento, sabe, vejo que hoje em dia ser roqueiro como a gente foi é muito mais fácil, o que ficou mais difícil, agora, é segurar a onda como nós seguramos Augusto, Sandro, Paulinho (Amigos), naquela época a gente realmente se emocionava com o que ouvia, com o que sentia naquelas reuniões na velha praça do congresso, agora tudo é moda, mas ainda assim agradeço aos malucos da periferia, que vem de longe só pra sentir o que naquela época agente sentia também, mas quanto ao resto, é só pra aparecer, não vai durar muito, ou a intensidade é demais ou fica fraca que não vai se agüentar na cama, quando a dor desta ressaca chegar, e aí doidão? quem vai pagar com isso? é bom pensar nisso, eu já passei por isso, e descobri que estas pessoas que eu citei que somos enormes, como um caminho tranqüilo agora, foram dez anos inesquecíveis....
domingo, fevereiro 10, 2008
Um dia destes peguei no sono
um dia deste quando o meu corpo já não suportava mais o peso do cansaço, cheguei deliberadamente a exaustão da culpa que caía sobre mim, houve momentos que tive uma estranha sensação de que algo desabava dentro do meu eu, tive a sensação de inutilidade de que hajo em mil pedaços de mim por nada, pra pagar pelo resto do todo, injusto isso muito injusto, passei dias ruins, desabafei com o Augusto, um desabafo simples que dizia assim: "Augusto estou muito chateado", breve, mas carregado, carregado de uma frustração de algo que era bobo e ao mesmo tempo cruel, e ele me respondeu "porquê mano?", e eu talvez por incompetência minha não soube explicar direito, eu sou um incompetente? será? eu me pego abraçando tantas coisas e agora eu tenho fracas respostas de que grande parte destes abraços não me rendem retorno, eis que no domingo eu recebo o telefonema do "Big Boss" elogiando por alguns "acertos" que eu fiz, e que só naquele dia talvez ele tenha percebido, mas aí já era tarde, aí eu já virara frustração total, os rumos dos cursos das águas eram outros, já pensava em outras possibilidades a minha cabeça é muito doidona eu invento planos muito rápido, ta certo que eu não consigo por em prática tudo o que eu planejo, mas fico feliz em saber que tenho muitas idéias e que ao meu lado tenho a pessoa certa que poderá me ajudar quando eu não conseguir cumprir todo o planejado, agora penso em carro, casa e família, só nisso aquela estabilidade há de fluir com a capacidade que estão querendo me tomar, eles que me jogam na fogueira hão de ser queimados, mas eu não consigo ser muito duro, ser cruel demais, mesmo com todos os punhais que voam flamejantes, alguém me disse uma vez que não prestava a gente se tornar ruim porque o mundo é ruim com a gente, deve se retribuir a perversidade do mundo com sorrisos, e aí calhou do sêo Afonso de vir me dizer que eu tinha uma aura boa e aquilo tudo foi se aliviando, porque eu não conheço bem o sêo Afonso, mas ele percebe parte das coisas que eu abraço, "conversas de mesas de bar me interessam", mas passado isso, coisas boas virão, pus a cabeça debaixo d água, respirei fundo, e deixei a água que ia caindo do chuveiro levar embora a magoa que restava, lembrou daquelas tristezas de alguns anos atrás, fiquei sentado, estarrecido pelos olhos do Augusto quando lembrei do conselho que me dei naqueles anos passados: "deixa seu peito livre desse ar. volta pra você, volta pros seus braços, acenda o fogo Ignácio da ignorância santa, deixa queimar o que te consome,” agora está tudo bem...