quinta-feira, fevereiro 19, 2009

os 49 dias de 2009


e o Ano está aí, o trafico matando mais gente de novo, o Barack Obama tomou posse, e promete unir todas as Alexandrias, apaziguar os Cruzados e filhos de Saladino, aqui no Brasil, a crise vai sendo empurrada com a barriga, apertando as tripas em alguns estados, folgando um pouco nas assembleias, é um ano que começa cheio de novas dificuldades, e esperanças novas, as chances se voltam a muitos palcos mundo à fora, a terra queima, alaga, encandeia e escurecem, aqui a briga politiqueira continua, o reparo nas coisas do vizinho continua, o nosso novo Prefeito, tal qual Obama, anuncia pacotes económicos de emergência recuperação da cidade, claro pacotes económicos deste tipo , são mais fáceis de fraudar licitações, emergenciais pra bolsos empreitados, eu andei de férias daqui, visitei a minha terra refiz meus amigos, os coloquei nos lugares onde devem estar, eu fico pensando no direito que temos temos os direitos de fazer o que quizer até mesmo de deixar milhares de pessoas morrem de fome nas capitais, enquanto eu separo na borda do prato a cebola e os outros legumes que eu não gosto de comer, o primero mês de 2009 se demonstrou muito nebuloso, com variações cambiais, acusações politicas de baixo calão, os juros pulando de galho em galho como macacos enraivados, os pequenos que se agarravam em em pedaços de continentes à deriva, se perderam de vez, os que estavam no meio do caminho se agarravam com o que podiam, os que estavam seguros em terra firme não contavam com os deslisamentos de terra, as feridas do corpo se curam de dentro pra fora, eu fico pensando as vezes que vivemos uma anarquia estruturada, mas ninguém concorda é claro, ae chegou fevereiro mês dificil se os gregos diziam que agosto é ruim, eu digo que fevereiro é horrivel, um mês que eu fiquei completamente sem dinheiro, sem serviços paralelos, mas tenho ela que não me deixa cair nunca, apesar do carnaval que se levanta com aquele ar de hipocrisia, que nem escuta a fome que bate no fundo estomago vazio, "pulai e estragas teus pés nesta lama podre e depois corre a teu recinto e come carne amarga engole e.. pulai" reflexões minhas sobre o Carnaval, já que eu estou sem dinheiro, dedico a canção, "ei você aí, me dá um dinheiro aí? me dá um dinheiro aí?" as ruas estão cheias de foliões marginais, canções marginais, mulheres vulgares e homens bebados de luxuria, violência muita mesmo, esta é uma época da carne, e viva a carne e as fibras nervosas e o sangue embebedado, nesta época os amantes encontram outros amantes é um furor só, muito se destroi e constroi, mais destroi que constroi é claro, ainda assim ando pela rua meio agoniado, sem dinheiro até sexta feira, mas na falta de dinheiro usa-se a imaginação, trabalho como programador mas sou um tanto joker pras coisas que gosto, fiquei caminhando da faculdade a parada de onibus observei que muito do que se aprende é extremamente perigoso a si mesmo, está tudo conectado, em algum momento as coisas se conectam, vc descobre que as pessoas da sua sala não pensam no obvio, e são poucos os que pensam, e de uma certa forma estas pessoas te abordam e sempre te perguntam no que você está pensando, os valores são outros é verdade, é tudo conectado a procura a oferta o marasmo, a falta de senso, o carnaval, a fome, a luxuria, as drogas, a violencia, cuidado gente tudo é obvio demais está na sua frente, e o que se quebra a cabeça demais é pra ganhar tempo, eu acredito que tudo depende do risco, estes meses que estão por vir, serão cruciais, agora tudo se define e eu nem estou nervoso com isso, estou feliz contando dias, bom fiquem com as pulgas de vocês pois eu já tenho as minhas e até elas andam com preguiça de pensar, logo tenho de pensar por elas, eu tenho de ir porque estou envolvido numa coisa que vai crescer e talves faça muito barulho e eu quero logo ver o que vai acontecer até, fiquem calmos pois passaram apenas quarenta e nove dias de dois mil e nove. Tudo é uma voz que gira e paira no ar ele tinha razão...