quarta-feira, fevereiro 20, 2008

até breve


por favor... não me interrompa hoje eu vou levar a minha alma pra ouvir musica, vou voar com ela para um lugar secreto onde só quando eu fecho os olhos, eu consigo enxergar, eu vou vou sair na chuva, caindo pelas poças de lama, vou me distanciar de mim, mas estarei sempre por perto, quero escancarar a minha carcaça nos muros podres das velhas ruinas, sim eu quero ver meu sangue escorrer, quero me ver morrer, quero me despeçar em bolas de sangue, em poças de dor, quero ver meus dentes espalhados pelo meio do caminho, se Fidel é a farsa estadista, Amazonino é o quê? por isso eu levo hoje minha alma pra escutar musica, não posso deixa-la ouvir estas coisas, apesar do exagero comunista socialista, exageros estão sempre ae, a humanidade está até a tampa de exageros piores, e ninguém nunca toma atitudes a não ser sentir pena, agora a esta altura do campeonato, você me fala de liberdade, que liberdade é essa, onde o seu celular regra a sua vida, onde relógio marca a cada passo frio que você dá na rua? estamos vivendo um verão chuvoso mesmo, mas não de chuva boa, estamos vivendo verão de chuva cega, por isso deixo meu corpo alguns dias, perdendo dentes, sofrendo cortes, perdendo braços, olhos e vou levar a minha alma pra dar um volta, vou deixar ela debaixo do chuveiro por um tempo, é muito fácil observar a queda dos outros, porque todo mundo quer ver sangue, mas ninguém é louco de cortar a própria pele, por isso eu deixo o meu corpo lá se debatendo nas pedras um pouco, se todo mundo pode ver eu também quero vê-lo eu e minha alma compramos ingressos vip, só pra isso, pra vê-lo se debandar em poesia satânica, pra ver suas entranhas voarem, por agora saímos para manuntenção eu e minha alma.... por favor entenda.