terça-feira, fevereiro 26, 2008

agora que você foi embora...


por um minuto uma vez duvidei de você, eu sabia o tempo todo o quanto isso dói sabe duvidar de você, mas duvidei do meu eu mesmo, tenho cometido falhas, eu tenho lido algumas coisas no jornal, parei de ler pela metade uns livros que vinha lendo, agora cálculos e cálculos e cálculos, a me rodear, to me sentindo frio como uma placa pci queimada no fundo de um depósito a espera que alguém esquente com um ferro de solda a 889 graus celsios, estou me sentindo pobre, apático com tantos números, é como se poesia fosse embora, estou ficando cego, tenho medo que isso seja definitivo, eu vejo poesia no caminho, mas ela esta indo muito mais rápido que os meus passos, mas tudo bem, isso deve ser nuvem passageira, outros pedaços vão embora mais tarde em delírio, e eu loucão de sono, nas madrugadas não vou acordar mais com aquelas sensações estranhas como se acabassem de me tirar algo, escrever isto esta se tornando uma caça aos poemas que fogem sorrateiros, as vezes acho que preciso me jogar num infinito de dor pra voltar a escrever, mas não quero trocar a minha tranquilidade por tormentos avulsos, já não basta o tempo, incompreensível, impactante, que me faz correr como um louco, que me leva os minutos nos quais eu tento por em sincronia os meus pensamentos com a velocidade das minhas mãos, que em desespero ponho de lado de forma cruel as melodias que gritam dentro da minha cabeça, cabeça dispersa, tropeçando no ar, e agora cadê você, porque você não me manda uma mensagem ao celular, por que não leva o celular consigo, porque você me abandona aqui com o tempo e os cálculos, são quase quase horas de tocarem aqueles sonetos, o epitáfio da minha inspiração já foi encomendado será? tenho pena de mim, sem as minhas palavras, tenho ânsia de mim, quando voltar a dedilhar as coisas, por agora eu relembro momentos, eu não tenho mais noites no Castelinho, e agora? o que eu tenho, gosto da "urbanidade" daquelas cenas, o que eu tenho agora? estou ficando cego, fraco, e pacientemente estou acostumando a minha alma com uma perda fatal de inspiração...preciso me mudar de mim...

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa eu nao sabia que era tao boemio assim, juro!!!! confesso que adorei e me surpreendii com tudo que lii, fazendo uma relis mortal parar e analisar com o que acontece consigo ao passar do tempo..
Obrigada,

by: Priii