segunda-feira, setembro 22, 2008

o campo




do fim, das coisas semânticas e metafisicas entre o doce da chuva e o sal do mar, das luzes dos relâmpagos, a agua divagando as penumbras do centro antigo, a cidade se cobrindo em seu sono marginal, os filetes de agua enrolavam-se nos meus cachos, sinuantes ao vento forte, as luzes dos postes davam um tom de translucidez, era tudo que se podia aceitar, chover, é impossível imaginar tudo, o que a negra noite guarda nas vielas vazias, "nas vielas vi ela" ou queria vê-la, beija-la sentir sua cabeça super posta de coisas insensatas ao senso sensível à flor da pele, o homem coletivo sente a necessidade de coletar solidão solidada ao que rodeia seu medo, o orgulho , a arrogância o pandermônio de coisas que não deram, certo, queimem os panteras negras, esquartejem Joaquim Silvério dos Reis e distribua pelos puteiros, seus braços e pernas e dentes guarde o crânio pra minha sopa matinal, sopa de letrinhas, quero saldar às novas borboletas mesmo confessando ter muito medo destes animais, "você não é o caso perdido, é o caso achado", pois o resultado é um somatorio delicado de erros, e pode acreditar mais erros que acertos, você só cospe o que te faz mal, daí eles já vão autoanalizando-se pouco à pouco, a tua mudança em relação ao teu passado é a formula do seu trabalho, do seu eu e ego, trabalhando pro futuro dos teus, é de chão e de agua que tu te reconstrói a hora de chorar o passado já se esminguiu, agora limpa esta terra dos joelhos olhe pra frente que atraz fica pra traz, o mártir do seu passado? aprisiona lá dentro de ti e deixa aquilo de bom que você sabe que tem por ae por cima dos teus olhos talves, deixa isso solto, quem consome e compra guerra, de guerra morre , pois Jesus já dizia "aquele que vive pela espada morrerá pela espada", guarda esta armadura e te volta pros teus campos de centeio e colhe teu trigo em paz.

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