segunda-feira, setembro 08, 2008

abaixou a cabeça com seu passo tímido
observou a luz com o seu olhar óbvio
caiu em desespero em seu navio negreiro
gastou suas palavras como se estivesse bêbado
sorriu e gargalhou e fingiu ter alivio
escancarou os dentes para a forja do ferreiro
dormiu a meia luz pra não assustar o sono
mastigou o amargo no seu caldo morno
olhou timidamente com os olhos vermelhos
gritou mais vez a sua ira em cinza
deixou queimar até o ultimo fio dos seus cabelos
fez toda estrutura da lama da cacimba
desligou o pulmão e respirou fumaça
esmaeceu em pó tal qual cal à parede nua
cortou os pulsos magros com a faca cega
ateou fogo na igreja como se estivesse louco
duvidou de si com se estivesse são
unidoaos olhos dor, ódio e paixão...

4 comentários:

A678 disse...

está cruel...

Anônimo disse...

Eh c a cabeça erguida q nós abaixamos... E vc erguirá a sua novamente meu querido... Se tudo não está bem eh pq ainda não acabou

A678 disse...

E quem é quem pra dizer se acabou ou não???

Anônimo disse...

Tudo na vida acaba um dia, assim como o sofrimento, assim como nosso corpo um dia acaba, na verdade, so deixamos as coisas acabarem quando Nòs queremos