segunda-feira, junho 16, 2008

Vinhos...fomos...


Hoje eu vi num céu cinza num frio e pesado, na cabeça do cachorro morto que estava no ponto de ônibus, um mal, descobri que sofro de um mal terrível, fico vulnerável quando fico sem vê-la, minha força de leão esvai-se, a combinação deste cenário fantasmagórico, me fez tremer, pela manhã não resisti aos delírios do meu telefone, sentado no meu altar, com meus adornos, olhei fixamente pra ele, e pensei "não nem aí se eu atrapalha-la", liguei pra ela e ou vi um "oi" agoniada como sempre, a ideia de um sorriso lindo atrapalhada e eu fiquei bem.



Domingo 15/06/2008


estava ae a tarde inteira soldando coisas, com medo de fazê-la esperar, dae discutindo altas teorias sobre frequência, sinais de spectograma, ondulação de nuância de sinal, entre um cigarro e outro ele me perguntava, "mas me fala aí, você tem certeza?" eu disse sim, tanto do que eu havia feito do que eu estava fazendo, como do que eu estava por fazer, mas a verdade é que eu não sei bem ao certo o que eu tenho de fazer, sei que posso ser muito bom, é questão de empenho, mas pra ela eu quero ser o melhor, que domingo louco, as horas correram furiosas, minhas mãos doíam, o céu escolhia as paletas de cor da noite que se aproximava, foi quando deu a hora eu me despedi dele com um abraço longo, e um tapinha nas costas de até mais, bjo na tia, e eu fui pra um encontro que foi muito diferente do que eu esperava, eu a encontrei, e é incrível, eu tenho tudo programado na cabeça até ela dizer oi, quando ela me diz "oi", eu sou dela, a minha vontade é o que ela decidir, e se ela quiser voar eu crio asas dos meus braços suficientemente poderosas, pra leva-la até o mundo que ela quiser, e ela queria vinho, me contou sobre a noite passada que bebeu um vinho e dormiu, então vamos beber uma garrafa nós dois agora, fomos caminhando pela Djalma Batista, compramos uma garrafa de um vinho barato, voltamos conversando a esta altura do campeonato eu já era completamente os passos dela, eu fiquei brincando com as minhas mãos nas mãos dela, não sabia se eu a mordia se eu a beijava, a única certeza ali era que eu tinha de ser demarcado por ela eu tinha de estar impregnado por ela, nem a sandália quebrada, nem as formigas de fogo, nem o sol da noite nem nada, nada podia me deter de senti-la, eu lembro de chorar por culpa de umas feridas que estamos curando com a ajuda do tempo e da verdade, foi difícil confessar a ela e ouvi-la, descobri que eu não sou tão homem assim, mas começo a ser, admiti todas as culpas nos cartórios, todas as firmas reconhecidas ou não, eu disse pra ela que eu sofro de uma morte de lenta e perigosa que me toma por dentro há anos a fio, disse que ela tem me curado gradativamente, pedi perdão a ela pelos punhais que cravei nos peitos dela, tomado pela cegueira dos meus vícios, do meu jeito idiota de ser, do meu lado demoníaco, aquele mesmo que me tomou naquela viagem de ácidos naquela noite, me confessei a ela, e disse que não espero nada de volta dela, só sei que tenho de ama-la, que não tenho motivos pra isso, não sei como explicar mas a verdade é que naquela sexta a uns dois anos atrás, ela me balanceou, retirou uma uma fina lasca de gelo que se hospedava há algum tempo, beijei algumas bocas com um lábio frio e áspero, mas ela não, não sei bem explicar, mas ela foi um acidente de carro a mais 380 km/h de frente num muro passei dias atordoado, não quis incessantemente acreditar nisso, mas a verdade é que hoje eu sei que naquele dia ela tinha sido a lança, ela transpaçou certeiramente ela diz que foi eu, mas eu sei que foi ela, tenho certeza disso, tenho certeza que naquela noite apesar de tudo que eu fiz depois daquilo, tenho certeza ali eu segurei a mão dela e ali começara a minha salvação, foi ali que os ponteiros do relógio se alinharam numa nova era, mas eu como sempre fiz besteiras no meio do caminho, que me mostraram o quanto era grande a mulher com quem eu estava lidando, e eu tenho um medo incrível que os meus demônios (que são muitos) se soltem, e estraguem tudo, mas sei que de alguma forma ela os amansa e eu acho isso incrível eu já vi ela fazer isso umas três vezes, vi que ela sabe lidar com a força mais poderosa e maligna que eu concentro dentro de mim, sim ela sabe me dobrar com um olhar, a verdade é que hoje eu sou dela, que eu seria o sol se ela quisesse calor, o barco se ela quisesse o mar, a paz se ela quisesse dormir, a verdade eh que eu me faria em pedaços pra que nada a possa atingir com eu o fiz, chorarei todas as vezes que lembrar daquilo, hoje ouvi summertime da Janis vim lacrimejando dentro do ônibus lembrando de como o meu coração fica bem quando você o guarda... desculpa as minha tolices, meus desencantos, deslises, eu não sou perfeito mas estou me esforçando ...e em verdade te digo, foi você sim que acertou sem excessos de munições....where is my mind ...








6 comentários:

is design disse...

QUEM DIRIA UM DIA A DESILUSÃO DE UM TODO QUALQUER SE ILUDIR COM COISA NENHUMA!
MAS É MUITO FOFUXO MERRRRMO BUNITU

Lincoln o Fofo disse...

agradeço que pra ti seja coisa nenhuma, mas o que sei disso é que não sei mais me ter sem este todo qualquer que é só meu e morrerei pra tê-lo

Anônimo disse...

Oq tenho a dizer???

NOSSA!!

Complicado.. muito complicado!!

Unknown disse...

apaixonada?

bem legal seu blog !


beijosss

GiovannaMoser disse...

adorei o blog,
muito bom qw

Anônimo disse...

Obrigado por tudo meu Coração, obrigado também por se "iludir" com "coisa nenhuma" comigo. Te amo muito...