segunda-feira, junho 23, 2008

tempo tempo tempo...mano velho


Hoje eu vim aqui cuspir meus delírios sobre o tempo, tempo este que me fez muito mal, que jogou no calabouço na companhia dos ratos, das baratas, das coisas da madrugada, que me trouxe a florista, que me arrebatou dos corais, sim ainda sim aquela história, hoje vim falar que o tempo é um espadachim sábio e cruel, que suas adagas ponteiriças, te confesso autor que ele não tem sido bom com a nossa época, nós estamos por ai obedecendo uma ordem que não se valida por si, ainda ontem quando estava tontinho, pensei nas coisas que o tempo me fez e me deu, e agradeci às duas ocasiões, vemos ai o Dunga e seu tempo sacramentado à sua sina, vemos a queda dos estadistas vencidos pelo tempo da ordem absoluta, absoluta com o povo, absoluta como eles, vemos o tempo dos jovens fadados ao que comem, ao que se dragam, ao que se acham saber, vemos ainda o tempo dos velhos, que já foi muito, que alguns até esperneiam a pressa de seu tempo, mas que alguns dão risada da derrota pro tempo, mas o meu coração selvagem violentado pela praga do amargo, veio dizer do tempo destas coisas singulares do planeta, vim contar tempo pro tempo me dizer de si,não quero as respostas do tempo, quero as perguntas queria saber saber que perguntas ele me fará daqui a um minuto, é um queira não queira danado de segundos angulares a fio, a se consumir, a confundir o mais exato e certificar o confuso, e quem são o mercadores disso tudo? são todos uns podres sobre seus relógios de ouro, mas o verdadeiro tempo, das areias do consumo, do insumo vital, da percepção este sim é indomável, como o tempo das saudades, da infância, da velhice, este está acima do ternos, das roupas caras que estes por si mesmo já se consumem em pouco tempo, "take it easy my brother Charles" vim contar que este tempo todo estava tudo muito pesado, muito inquieto dentro das coisas, que o tempo consome e some com algumas coisas da gente...

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